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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Morrer de felicidade


Vivo e morro por você
A cada dia que passa morro mais por você
A cada dia que passa morro mais por não estar com você
Te desenho em mim
Na pele. Nas veias. No sangue. Em sangue. Em alma

Nas planícies desertas, nas florestas escuras, estou lá por você
À sua procura
Desesperadamente por você
Com todas as forças, mesmo com as que não tenho
Só para te ver sorrindo pelo menos mais uma vez
Mesmo que custe a vida e a dor
Mesmo que seja a dor que eu não possa suportar
Mesmo que seja a dor da morte

E se ainda assim não der, de lá de cima estarei velando por ti
E vibrando e me alegrando por cada sorriso seu

terça-feira, 1 de abril de 2008

Amo

Amo, porque gosto assim de ti
Sofro, pois desta forma amo
Quero-te nua, és meu colibri
Em teu ventre, venho esparramo

Passear no jardim, melhor tocar
Meu corpo se junta ao teu fresco
Olho-te ao longe, vejo-te lá
Amor tão assim! Gigantesco!

Filho será presente divino
Vem sempre em nosso pensamento
Aqui, ali, versos setembrinos

Peço todos dias firmamento
Traga-me criança, minha, dela
O anjo vai sob minha tutela

quarta-feira, 19 de março de 2008

Se o mar é verde tenho seus olhos para me acompanhar

Se a Lua é branca, sua pele é alva e linda (e gostosa de tocar)

Na natureza, seus cabelos enfeitam o semblante de princesa

Nas ruas te imagino e sonho e não mais me vem tristeza

 

Te querer e ter é tão bom que em melhor coisa não creio

Passo por aí e te sinto no coração, me distraio e te leio

Ficar contigo e te beijar é doce, é terno e supremo

Te amo tanto que quando chego perto me perco, tremo


terça-feira, 4 de março de 2008

Areia

Pela areia caminhas
Olha o céu e o mar
Antes não a tinha
Agora só te amar

Desenhamos um rastro
Olhamos para trás
Amo-te, te tirar, aliás
Do famigerado claustro

Entreolhamos-nos
Num carinho sem par
E nos beijamos
Acariciando, é amar

As gaivotas e os atobás
Fazem-nos companhia
A gritar em euforia
Quanto de amor aqui há

Nos olhos verdes, reflexo
E estamos a criar
Um levado, força, plexo
De um romance levar

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Passarinho

O passarinho branco estava a me olhar. Parecia querer dizer-me algo. Uma
apreensão tomava conta dele. O carinho passava por aqueles olhos. Saudade e
uma vontade incontida.

Ficamos nos fitando. Um amor. Uma simbologia. Uma transfiguração. Depois de
alguns instantes atônito, percebi quem era aquela ave. De penugens brancas e
jeito saltitante e com uma enorme vontade de viver. Havia principalmente um
querer felicidade. Só podia ser ela, ali em forma de carinho, frágil e
linda. Titubeei e lá foi a passarinha, minutos mais tarde o telefone toca. A
coincidência foi de assustar, a sintonia e a sensibilidade tocam-nos. Amor
profundo, eterno.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Declaração

Nesse mundo, acredite, não há ninguém que queira mais o seu bem do que eu.
Apesar da minha individualidade não existe uma sombra de egoísmo que possa suplantar a vontade de te ver feliz
E que você não está mais sozinha, nem nunca mais estará, pois estou aqui, ali e acolá, sempre ao seu lado.
Nos momentos mais difíceis ao se deparar com o espelho verá sempre uma estrela. Ela acompanhará seus passos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O segundo suspiro

Criado, vivido, morto, fatigado

Na solidão, rondando a noite

Sem esperanças, ali acabado

Longe, a custas de açoite

 

Chegou o segundo Sol

Apagou as angústias, temor

Encobriu a tristeza bemol

De tons e sem sabor

 

Sem peles a tocar

E a quem suspirar

Perdido no quarto

Morto, da vida farto

 

De brisas a romaria

Felicidades nas fazendas

Primeiro de noite, rendas

A se estender ao dia

 

Finda a procura, Fê

Agraciado em colégio

Em galerias do CCBB

Eis o maior sortilégio