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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Diga-me meu bem

Você sempre esteve nos meus sonhos

Logo que a toquei senti que era você

Venha meu amor me conte sua história

Venha e me tome como seu amor

 

Qual é a sua história?

Estou aqui sozinho te esperando

Fale-me de amor

Que eu quero você

 

E quando eu estiver triste

Venha me consolar

Eu preciso tanto de você

 

Esteja sempre ao meu lado

E vamos caminhar

Em direção ao infinito

Onde os amores se encontram

 

Lá seremos felizes para sempre

Desejo-te todos os segundos

 

Aquelas luzes verdes me conquistaram

Desde a nossa inocência que te imagino

Em meus braços

E seus cabelos escorrendo pelo meu peito

 

Onde você quer ir agora?

É tão difícil de encontrar um amor igual ao nosso

Eu sou o culpado por todo esse amor

Ele explodiu no meu coração

 

E agora num mundo novo

Com as gramas verdejantes

Vejo uma luz a nos procurar

 

Onde está aquele amor?

 

Ele está aprisionado em nossos corações

E precisa ser solto

 

Não é justo tão belo sentimento ficar preso

Ele precisa ser livre

Feliz e alegre

Para alegrar todos em volta e

Contagiar de amor a cidade

Deixar todos com sorrisos nos rostos

 

Venha meu bem me conte sua história

E me ame

Intensamente

Para sempre

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Quando o amor surge

            Na floresta caminhava um ser. De asas, de olhar incrustado e de busca. Agressivo, se tornava um anjo diante das brisas. Parte homem, parte demo e ainda querubim se perdia por entre os arbustos, folhagens e raios de luar.

Endurecido pelas agruras da sua vida havia se transformado mais em raivoso do que paciente e terno. Contrariava assim tudo que lhe fora dado pelos pais e de como nascera. Tinha vindo ao mundo para amar, mas não compreendia isso. Afastava-se dos carinhos, do querer bem e do desejar. Seu tempo de Terra se afigurava como sendo contraditório, quanto mais se dava mais sofria. Isso desde o tempo em que um raio lhe atingiu, embaçando suas vistas. O trovão da praia ensurdeceu.

Se refugiou nas árvores, nas cavernas e lá ficou por mais de mil dias. Vivendo de cereais e água se conformou com o destino.

Num último suspiro buscou renascer. Voltou à beira-mar e lá avistou uma alma. De fortaleza aparente, o novo estranho se mantinha de teimoso.

Parecidos, de experiências espirituais e sofrimentos logo se encaixaram. Nos olhares e no toque. Sensíveis e embrutecidos, faziam do cansaço das tristezas a força do aparecer. Agora ali permaneciam ao som de suaves ventarolas a contemplar o mar. Querer e estar. Construir e amar.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Aqui e agora

Andava livre e despreocupado com a vida, o dia seguinte era sempre outro dia e nada tinha a ver com o dia anterior. Lia livros e delirava com seus pensamentos. Criativo e irrequieto, o músico esquecia o ontem e nem pensava no amanhã. Queria curtir. Mas, às vezes, lhe batia uma tristeza, uma melancolia, mesmo no palco e em música alegre sentia que faltava algo. Família não era sonho, pois a realidade lhe era muito distante. Dinheiro era para o momento, segurar só a guitarra e as mulheres daquela noite. Errante, sem destino, sem programação, objetivos falidos, inválidos.

Na infância pensava no quão duro seria a responsabilidade de sustentar uma casa, pessoas, filhos e de como ter que ser reto, sem deslizes. Terror. Pavor. Despreparado era como se sentia. Viu, no entanto, que existiam pessoas menos responsáveis, descomprometidas, mas, que se aventuravam. E se assustava. Pareciam felizes. Como conseguiam?

Tentou pela vida a fora encontrar seu amor, seu caminho. Bateu de porta em pessoas e os desacertos se acumulavam. Importava-se com cada detalhe. Onde tinha errado? Mudava, se aprimorava, o cenário continuava o mesmo. Errante.

Desatinos, mais uma decepção e lá ia ele insistir em outra trilha. Cansou. Largou tudo de lado, fez o que deveria, pensava ele, o que tinha que ter sido feito desde o início. Ao invés de tentar uma vida reta, correta e preocupada com os sentimentos, seus e dos outros, desregrado deveria ser.

Manteve o bom senso e não destruiu a vida, mas, sim, deu pouco valor para reunir dinheiro. Investiu no ser. E curtiu cada instante como se fosse único.

Nas baladas das suas músicas exprimia o que sentia o que percebia. Introspectivo, pensativo, angustiado e alegre. Feliz com pequenos momentos, triste considerava o louco mais lúcido ou o sereno mais doido.

Paz de espírito estava jogado na rede. Escrevia sua nova música. Intocável. Distraído. Aquele homem foi o melhor que conheci. De uma tranqüilidade capaz de me contaminar. De um olhar, de uma ternura ímpar. Puro. Viril. Queria alcançá-lo, mas o mundo dele era outro. O dos devaneios, do céu e da terra. Das águas, das cachoeiras e do caminhar por entre as pedras. As folhas eram brilhos nos raios de Sol, a palavra poesia e seus beijos de um amor incomensurável. Como o amei, e ainda o amo. Aqui estou aqui e agora. Venha me buscar e lhe farei feliz por toda a vida.