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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Tijolinhos

Um castelinho de tijolos, ao longe se vê a casa alaranjada de amplas janelas. Um pátio a circulá-la. Uma murada de estilo a circunda. Jovens a pulularem. Hora do recreio. Sorriem, se divertem, ô idade boa.

No passado, lá estávamos nós a brincar, fazer travessuras. Bombinhas, giz, bolinhas de papel, barbantinhos cheirosos. Cabelos ao vento da beira-mar. Bolas, futebol e vôlei em frente ao colégio. Paqueras por cima dos pilares de cimento ao redor da construção.

O pátio nos parece enorme, somos pequenos, vinte e cinco anos depois nos divertimos vendo o quanto nossas noções de espaço eram deturpadas ou será que não? As salas com suas mesinhas são românticas, vistas agora pela gente. Os banheiros que antes amplos eram, lembram casas de bonecas. Lembranças e reencontro se reúnem nesse momento!

domingo, 12 de agosto de 2007

Água-forte

Do firmamento azul e curvilíneo
Cai, fecundando as trêmulas raízes
Dos laranjais, dos pâmpanos, das lizes,
A luz do sol procriador, sanguíneo.

Pelo caminho agreste e retilíneo,
Da tarde aos brandos, triunfais matizes,
A criançada, a chusma dos felizes,
Esse de auroras perfumado escrínio,

Volta da escola, rindo muito, aos saltos,
Trepando, em bulha, aos árvoredos altos
Enquanto o sol desce os outeiros longos...

Vai dentre alados madrigais risonhos,
Do abecedário juvenil dos sonhos,
A soletrar os principais ditongos.

Cruz e Sousa

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Cem anos

Detergentes fazem espumas nos rios.
É necessário deter gente que polui
Para se ter gente no futuro.
Que a sede na gente não mate.
Tiremos o às da mão de gente que não sabe o que faz.
Sabemos que têm muitos asnos com mão de gente.
Muitos estão conosco, perto da gente
Por isso, peço: cooperem com a gente.
Fiquem perto, sintam-se gente.
Ar poluído, causa tosse na gente.
Tô sem fé nessa gente.
Os pobres sofrerão mais, salvem essas gentes.
Na selva, meçam os agentes.
No céu vamos, vejam os assurgentes.
Tudo que eu quero é ainda ter gente em cem anos.