Buscapé
quinta-feira, 29 de março de 2007
Pequeno manual de sobrevivência
Eu moro num canto do céu
No brilho fugaz duma estrelinha
Cuja luz é emprestada do passado
Algum desatento
Pode tomar-me como morto,
Vencido ou datado
Porque o brilho é antigo
De muito, muito tempo atrás
Eu não sou mais hoje, o agora,
Meu futuro é precisa incerteza
Entretanto, ainda não morri
O pequeno brilho, por vezes
Toma guarda na quina da memória
Daqueles que bem me quiseram
Creio que não sejam tantos assim,
Mas dedico a eles o valor de milhões
Multidões, batalhões de choque
Eles são meus guias, orixás
Minhas contas de um velho terço,
Onde cada uma é reza de meu viver
Paulo Roberto Andel, 21/03/2007
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