Buscapé
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Onze estrelas
todos os dias temos ou tivemos vinte anos
cheios de súbitas certezas e desenganos
derramando plácidos romances descabidos
colhendo verdes esperanças para amadurecer
cada pôr do sol e o anoitecer de céu faceiro
todos os dias temos ou tivemos vinte anos
regando flores e breves analogias de fé
flocos de rebeldias carregadas de sabor
para nos aquecer um tanto imprudentemente
pela chama de um sonhado e finado amor
depois de vinte, mais um ano que se encerra
e apenas recomeça-se, o limiar de nossas vidas
nossas doces madrugadas por vitrais enluarados
novos beijos replicantes, dissidentes do temor
onze estrelas repentinas espetadas no céu do Brasil
são delicados cristais da juventude que nunca seca
mesmo quando eram outros sonhos
mesmo quando eram outros eram vinte anos
Paulo Roberto Andel, dezembro de 2000
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